Páginas

Trovadorismo (séc. XII )

A religião desenvolvia-se em mosteiros, que foram verdadeiros centros de cultura artística. Tudo o que se produzia na Idade Média estava relacionado aos textos sagrados e ao cristianismo. A Igreja era o centro do poder naquela época. A mulher era um simbolo idealizado e distante. Amor cortês; convencionalismo amoroso. Ambientação aristocrática das cortes. Forte influência provincial. Amor impossível e platônico devido a posição social da mulher ser melhor que a do trovador apaixonado, vassalagem amorosa.
TROVADORISMO

    O Trovadorismo foi um estilo de época ocorrido durante a Idade Média. Marcado por dois períodos: Alta Idade Média (séc. V ao XI ) e Baixa Idade Média ( séc. XII ao XV ).
    A partir do século XII iniciou-se um período fortemente caracterizado pela reativação do comércio, possibilitando o crescimento econômico e renovando a cultura. Tal período refere-se à expansão propriamente dita do trovadorismo em Portugal, época em que o país conquistou sua independência política, mais precisamente no século XII.
    As produções literárias que a ele se concernem são chamadas de cantigas trovadorescas, cuja característica se finda em composições poéticas cantadas e acompanhadas por instrumentos musicais, dentre eles, viola, lira, harpa, flauta, alaúde e pandeiro. 
    Quem as compunham eram chamados de trovadores, contudo havia uma hierarquia dentre os mesmos, cuja diferença pautava-se pela função desempenhada pela interpretação, funcionando como uma espécie de status. Havia os trovadores, poetas das cortes feudais que compunham as canções sem nenhuma preocupação com retorno financeiro; os jograis, segréis ou menestréis eram homens com condição social inferior, que iam de castelo em castelo, no intuito de entreter a nobreza, exigindo, com isso, alguma forma de pagamento; soldadeira ou jogralesca, moça que dançava, tocava castanhola ou pandeiro e cantava. 
    Quanto aos aspectos formais, as cantigas de amor são constituídas de versos rimados, agrupados geralmente em duas ou três estrofes, dividindo-se em dois tipos: cantigas de amor de refrão e cantigas de amor de mestria (sem refrão).
    Outra modalidade da qual se compõe a cantiga lírica é a de amigo, originária da Península Ibérica, retratava a vida nos arredores dos palácios, no campo e nas vilas em formação. Nela o trovador assume o ponto de vista da mulher, apresentando-se como enunciador feminino, havendo uma igualdade social preconizada pelos pares envolvidos. 
    Apesar de ser cantada por uma figura masculina, a voz que prevalece é a feminina, na qual a figura da mulher não é mais vista sob o plano idealizado, e sim, no concreto. A temática gira em torno da saudade ligada à vida cotidiana, relacionada a um amigo que partiu para a guerra, ao ciúme, à indignação, à vaidade, aos encontros fortuitos, biles e festas. 
    Entre elas destacam-se dois tipos: a de escárnio e a de maldizer, cuja temática pauta-se pela crítica mordaz a seres sociais, como homens sovinas, padres e bispos devassos, pobretões que viviam de aparência, mulheres feias, adúlteros, bêbados e maus jograis. 

   

     Bônus:
     
    Entre as cantigas que se destacaram no presente período figuram-se dois importantes grupos: a cantiga lírica e a cantiga satírica.
     A cantiga lírica, refletia voltava-se para as relações amorosas, ora materializadas pelas cantigas de amor em que o falante declara seu amor por uma dama da corte, uma espécie de sofrimento em razão da impossibilidade da realização amorosa, haja vista a divergência entre as classes sociais: ela é esposa ou filha de um nobre e ele, um servo. 
    Já as cantigas satíricas revelam o mundo boêmio e marginal vivido pelos jograis, fidalgos, bailarinas e artistas da corte, o qual era representado por um código de ética próprio, dispondo-se de hábitos e costumes de modo não convencional perante à sociedade vigente. 

Nenhum comentário

Postar um comentário